quinta-feira, 20 de maio de 2010

[bioempregos] Resumo 2118

Existem 5 mensagens sobre este tópico.

Tópicos contidos neste resumo:

1. ESTÁGIO NA CETESB para pós-graduandos
De: Iris Cristina Thomaz Zattoni

2. Seleção de bolsista – Reserva Mamirauá – AM
De: Iris Cristina Thomaz Zattoni

3.1. Enc: Artigo sobre licenciamento ambiental - GREVE Ambiental
De: Rebeca Mfb
3.2. Re: Enc: Artigo sobre licenciamento ambiental - GREVE Ambiental
De: Luciana Villalba

4. Edital credenciamento UMAPAZ - para oficineiros e técnicos educad
De: Edna


Mensagens
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1. ESTÁGIO NA CETESB para pós-graduandos
Enviado por: "Iris Cristina Thomaz Zattoni" iris.zattoni@globo.com iriszattoni
Data: Qua, 19 de Mai de 2010 10:54 am

Repassando!!!


Marisa Roitman [mailto:marisar@cetesbnet.sp.gov.br]
*Enviada em:* terça-feira, 18 de maio de 2010 10:07
*Assunto:* ESTÁGIO NA CETESB

*CETESB abre inscrição para estágio de estudantes de pós-graduação*

*Inscrições para estágios na Capital e no Interior poderão ser feitas no
período de 17 a 28 de maio*

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB abriu, em 17.05, com
encerramento previsto para 28 de maio próximo, inscrições para o processo
seletivo público para o preenchimento de 70 vagas de estágio para estudantes
de pós-graduação "stricto sensu" ou "lato sensu" nas áreas de Engenharia
Agronômica, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental, Biologia, Geologia,
Geografia, Direito Ambiental e Gestão Ambiental, em instituição de ensino
conveniada com a CETESB.

O estágio tem a finalidade de propiciar ao estudante a oportunidade de
aprendizado prático na área de Licenciamento e no segmento de Energia. Uma
das exigências é de que o interessado seja formado em Engenharia Ambiental,
Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Biologia, Geologia e Geografia.

*Mais informações poderão ser obtidas no site* www.caipimes.com.br, da
Coordenadoria de Apoio a Instituições Públicas, da Universidade Municipal de
São Caetano do Sul – USCS, responsável pelo processo seletivo.

Será cobrada taxa de inscrição de R$ 40,00. A aplicação das provas está
prevista para o dia 13 de junho próximo nas cidades de São Paulo, Bauru,
Campinas, Piracicaba, Pirassununga, Presidente Prudente, Ribeirão Preto,
Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté.

O estagiário aprovado deverá cumprir jornada de 30 horas semanais, recebendo
bolsa no valor de R$ 13,00 a hora, além de auxílio-refeição de R$ 8,50 e
seguro de acidentes pessoais. Das 70 vagas oferecidas, 20 são para a Capital
e 50 para as agências ambientais do Estado.

Este programa de estágio conta com o apoio da Petrobras, conforme convênio
firmado em abril passado.


--
-------------------------
Antes de imprimir qualquer texto pense no seu compromisso de
sustentabilidade com o meio ambiente e com as futuras gerações.
Adote os 3Rs na sua vida: Reduza, Reutilize, Recicle!
-------------------------
"Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz"
"Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix"
"Lord, make me an instrument of your peace"
"Señor, hazme un instrumento de tu paz"
--------
"Eu levo uma vida de cachorro: não me drogo, não odeio, não contamino, não
invejo, não cobiço, não traio e sobretudo, não dependo de bens materiais
para SER FELIZ!" (Lionel Falcon).

"O circo com animais ensina a criança a rir da dignidade perdida dos
animais. Nesse caso a humanização dos bichos reflete claramente a falta de
humanidade das pessoas, projetada em um macaco de vestido, camuflada sobre o
riso." (Olegario Schmitt)

"No dia em que o homem conhecer o íntimo de um animal, todo crime contra um
animal será um crime contra humanidade" (Leonardo da Vinci)

"Não sou melhor porque me elogiam, não sou pior porque me caluniam. Eu sou o
que sou, e não o que dizem." (Tomás de Aquino)


Mensagens neste tópico (1)
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2. Seleção de bolsista – Reserva Mamirauá – AM
Enviado por: "Iris Cristina Thomaz Zattoni" iris.zattoni@globo.com iriszattoni
Data: Qua, 19 de Mai de 2010 10:56 am

REPASSANDO!


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Fernanda Pozzan Paim <femuriqui@yahoo.com.br>
Data: 19 de maio de 2010 10:34
Assunto: [primatologia] Seleção de bolsista – Reserva Mamirauá – AM
Para: primatologia@yahoogrupos.com.br
Cc: fernanda@mamiraua.org.br


Prezados colegas,

O Grupo de Ecologia de Vertebrados Terrestres, do Instituto de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, está selecionando bolsista para
trabalhar no projeto "Monitoramento da abundância e densidade da fauna
cinegética e de primatas na Reserva Mamirauá, AM".

O trabalho será realizado em uma área de várzea, na Reserva Mamirauá,
localizada no médio Solimões, a 550 km de Manaus. O início da bolsa está
previsto para 1º/10/2010 e encerramento em 28/02/2011. O bolsista
selecionado receberá R$ 950,00 por mês e mais seguro de vida. Não serão
cobertas despesas com deslocamento da cidade de origem até Tefé. Os(as)
candidatos(as) deverão apresentar os seguintes pré-requisitos:

- Graduação em Biologia (não serão aceitos candidatos com pós-graduação);

- Experiência em metodologia de transecção linear;

- Disponibilidade para passar 20 dias (ou mais) no campo;

- Preferencialmente (não obrigatório) que tenha experiência na produção de
exsicatas.

Os interessados deverão enviar currículo para fernanda@mamiraua.org.br , com
o assunto "seleção para bolsa", até o dia 31/07/2010.


Atenciosamente,


Fernanda Pozzan Paim
Bióloga - MSc. Zoologia
Grupo de Ecologia de Vertebrados Terrestres
Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá


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Antes de imprimir qualquer texto pense no seu compromisso de
sustentabilidade com o meio ambiente e com as futuras gerações.
Adote os 3Rs na sua vida: Reduza, Reutilize, Recicle!
-------------------------
"Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz"
"Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix"
"Lord, make me an instrument of your peace"
"Señor, hazme un instrumento de tu paz"
--------
"Eu levo uma vida de cachorro: não me drogo, não odeio, não contamino, não
invejo, não cobiço, não traio e sobretudo, não dependo de bens materiais
para SER FELIZ!" (Lionel Falcon).

"O circo com animais ensina a criança a rir da dignidade perdida dos
animais. Nesse caso a humanização dos bichos reflete claramente a falta de
humanidade das pessoas, projetada em um macaco de vestido, camuflada sobre o
riso." (Olegario Schmitt)

"No dia em que o homem conhecer o íntimo de um animal, todo crime contra um
animal será um crime contra humanidade" (Leonardo da Vinci)

"Não sou melhor porque me elogiam, não sou pior porque me caluniam. Eu sou o
que sou, e não o que dizem." (Tomás de Aquino)


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3.1. Enc: Artigo sobre licenciamento ambiental - GREVE Ambiental
Enviado por: "Rebeca Mfb" rebradypus@yahoo.com.br rebradypus
Data: Qua, 19 de Mai de 2010 1:41 pm

Prezados,
Em meio a incêndios em coleções zoológicas, leilão de hidrelétricas e e-t-cetera... Segue um artigo que abre os olhos quanto as razões e os motivos da greve dos servidores da área ambiental.
Abraços,
Rebeca


Artigo muito interessante sobre licenciamento ambiental, escrito por
Analista Ambiental do IBAMA, publicado no jornal O Globo, 30/04/2010.

Ajuda a elucidar os problemas no sistema ambiental brasileiro e os
motivos da greve dos servidores públicos federais da área ambiental, que
já dura 41 dias, apesar da mídia dar pouca ou nenhuma atenção ao fato.

Favor repassar às suas listas de contatos para ampla divulgação.

'Dá licença, mermão!'

Artigo do leitor Cristiano Vilardo Nunes Guimarães


Hoje em dia falar mal do licenciamento ambiental é mais comum que
enchente no Rio de Janeiro. Diz-se que é um entrave ao progresso, um
ninho de ambientalistas radicais, trincheira dos "salvem-as-baleias",
enfim: é o supra-sumo da burocracia brasileira. Eita cartório difícil
esse do IBAMA!

No entanto, é preciso colocar alguns pingos nos is de "licenciamento".
Para início de conversa, ao contrário de outros licenciamentos
corriqueiros na nossa vida, o licenciamento ambiental não é um ato
cartorial, de simples conferência de documentação. Na realidade, o
licenciamento ambiental foi a forma encontrada no Brasil para
implementar a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) quando esta se
difundiu pelo mundo ao longo da década de 1970.

Hoje, a Avaliação de Impacto Ambiental é adotada formalmente em mais
de uma centena de países, incluindo todas as economias desenvolvidas e
a grande maioria dos países "em desenvolvimento". Muito além de uma
burocracia, o papel da AIA é o de garantir a adequada consideração da
variável ambiental nas propostas de desenvolvimento, evitando que
decisões sejam tomadas sem o dimensionamento das suas consequências
ambientais. O seu principal instrumento é o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) que, muito mais do que uma exigência do órgão
licenciador, deveria ser um instrumento de auxílio ao planejamento de
projetos mais amigáveis ao meio ambiente, identificando e avaliando os
impactos e riscos do empreendimento e propondo as medidas de gestão
ambiental a serem adotadas para minimizar os prejuízos ambientais.

Acontece que, infelizmente, essa perspectiva cartorial - do "tirar a
licença" - é a que predomina entre o empresariado nacional e
obviamente encontra bastante eco na cobertura da imprensa sobre o
licenciamento ambiental. Os estudos ambientais muitas vezes são
colagens de outros anteriores, realizadas por uma consultora sem
possibilidade alguma de interferência no projeto, a qual foi escolhida
porque ofereceu ao contratante o menor preço...

Voltando aos pingos no "is", vamos pensar o que é um licenciamento
ambiental "bom"? Em uma primeira tentativa de aproximação, alguém
poderia dizer que é aquele onde a avaliação dos impactos e riscos
ambientais de determinado empreendimento pôde ser realizada na
profundidade adequada, permitindo a proposição de mecanismos adequados
de mitigação, compensação e monitoramento, e utilizando para isso o
menor tempo possível ao menor custo global possível. Colou? Muito bem,
agora, como se operacionaliza isso?

Não parece muito difícil... E se colocássemos profissionais
qualificados, em quantidade suficiente, para analisar esses estudos?
Hummm... E se esses profissionais, além de bem formados, fossem
capacitados para avaliar os impactos de diferentes empreendimentos?
Além disso, e se esse pessoal fosse adquirindo cada vez mais
experiência no licenciamento, ganhando confiança para propor soluções
mais eficientes e eficazes?

Pois então. Parece simples, não? Mas esqueceram de um detalhe: para
isso dar certo, esse pessoal precisa querer trabalhar com
licenciamento! E esse pessoal só vai querer trabalhar com
licenciamento na medida em que esse trabalho for valorizado de acordo
com a importância e responsabilidade nele embutidas!

A vida como ela é: no concurso de 2002, o primeiro da história do
IBAMA, entraram cerca de 60 analistas de nível superior para trabalhar
na Diretoria de Licenciamento Ambiental, em Brasília. Em sua maioria,
profissionais qualificados, muitos com mestrado ou doutorado, que
vieram para a sede do IBAMA vindos de diversas partes do Brasil. Sabem
quantos destes analistas trabalham hoje na DILIC? Apenas um.
Definitivamente, analista experiente no licenciamento é espécie em
extinção.

A razão da evasão? Óbvia. A clara incompatibilidade entre a
responsabilidade envolvida no processo de licenciamento ambiental e a
desvalorização do servidor público dedicado a essa função. Por
desvalorização englobamos uma série de questões que passam pelas
condições adequadas de trabalho (computadores, capacitação, espaço de
trabalho, bancos de dados, suporte jurídico etc.) e chegam,
inexoravelmente, à questão salarial.

O analista ambiental, não só do IBAMA, mas também do ICMBio e do
Ministério do Meio Ambiente, hoje está submetido a uma proto-carreira
na qual o patamar salarial do nível mais alto disponível (final de
carreira) é inferior ao nível salarial de entrada da carreira de
Especialista em Recursos Hídricos/Geoprocessamento da Agência Nacional
de Águas, também vinculada ao MMA e com atribuições muito similares de
regulação, controle, fiscalização e inspeção. E durma-se com um
barulho desses...

Por conta dessa desvalorização, o trabalho no licenciamento ambiental
no IBAMA tem se tornado um paradeiro temporário para o analista
ambiental, mero compasso de espera enquanto se prepara para uma outra
oportunidade que ofereça melhores condições de trabalho e de salário.
Nesse cenário tenebroso, o tempo médio de permanência do profissional
na Diretoria de Licenciamento Ambiental é de apenas 18 meses. Ora
bolas! Como desenvolver excelência técnica, aprimorar e padronizar
procedimentos, melhorar termos de referência com uma rotatividade
dessas?

E é nesse contexto que chega o Plano de Aceleração do Crescimento
(PAC), com diversos projetos de infraestrutura pelo Brasil adentro,
demandando licenciamentos em prazos exíguos e jogando faísca nesse
barril de pólvora que é o licenciamento ambiental federal. Não dá para
dar certo. Qual a solução? Fortalecimento e valorização do
licenciamento ambiental, para alcançar maior eficiência e eficácia no
processo? Ilusão...

O que se viu nos últimos anos foi uma sucessão de "Destrava IBAMA",
"Agiliza IBAMA", "Desocupa-a-moita IBAMA": pseudo-pacotes de medidas
com finalidade puramente midiática e de nenhuma repercussão prática no
dia a dia do licenciamento ambiental. Que, por sinal, continua sem
implementar seu sistema informatizado de licenciamento - o SISLIC -,
que já foi "lançado" oficialmente por uns 2 ou 3 presidentes do IBAMA
e permanece empacado, sem uso.

São sintomas de que a própria política ambiental conduzida pelo
governo encara o licenciamento numa perspectiva cartorial, de
"carimbador-maluco". Aliás, instituiu-se no IBAMA o rodízio de
diretores de Licenciamento: é um a cada hidrelétrica polêmica. Acabou
seu turno, muito obrigado, próximo da fila!

Em síntese: quer licenciamento ambiental ágil e eficaz? Valorize o
analista ambiental. Dê-lhe um salário compatível com o desafio de uma
regulação de excelência. Forneça capacitação continuada e estimule o
aprofundamento dos estudos em pós-graduação. Disponibilize modernos
recursos de sistemas de informação para otimizar seu trabalho.
Mantenha o profissional por um longo tempo na casa para que seu
aprendizado seja incorporado pela instituição. Sem isso, dá licença,
"mermão"!

Rodolpho Mafei
Ecólogo
Analista Ambiental - ICMBio
Ministério do Meio Ambiente
RESEX Baía de Iguape/BA

"Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que
você faz estão em harmonia."
Mahatma Gandhi

"O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem o barulho
dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter ou dos sem-ética.
O que me preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King


Mensagens neste tópico (2)
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3.2. Re: Enc: Artigo sobre licenciamento ambiental - GREVE Ambiental
Enviado por: "Luciana Villalba" lulimv@hotmail.com crabgirl80
Data: Qua, 19 de Mai de 2010 3:54 pm


Realmente, EXCELENTE o artigo!!

Obrigada e parabéns ao autor. Esperemos que seja bem divulgado!

Abss

Luciana Villalba



To: conservacao@egroups.com; mestrado_zoologia@yahoogrupos.com.br; bioempregos@yahoogrupos.com.br
From: rebradypus@yahoo.com.br
Date: Wed, 19 May 2010 09:40:37 -0700
Subject: [bioempregos] Enc: Artigo sobre licenciamento ambiental - GREVE Ambiental

Prezados,
Em meio a incêndios em coleções zoológicas, leilão de hidrelétricas e e-t-cetera... Segue um artigo que abre os olhos quanto as razões e os motivos da greve dos servidores da área ambiental.
Abraços,
Rebeca

Artigo muito interessante sobre licenciamento ambiental, escrito por
Analista Ambiental do IBAMA, publicado no jornal O Globo, 30/04/2010.

Ajuda a elucidar os problemas no sistema ambiental brasileiro e os
motivos da greve dos servidores públicos federais da área ambiental, que
já dura 41 dias, apesar da mídia dar pouca ou nenhuma atenção ao fato.

Favor repassar às suas listas de contatos para ampla divulgação.


'Dá licença, mermão!'

Artigo do leitor Cristiano Vilardo Nunes Guimarães


Hoje em dia falar mal do licenciamento ambiental é mais comum que
enchente no Rio de Janeiro. Diz-se que é um entrave ao progresso, um
ninho de ambientalistas radicais, trincheira dos "salvem-as-baleias",
enfim: é o supra-sumo da burocracia brasileira. Eita cartório difícil
esse do IBAMA!

No entanto, é preciso colocar alguns pingos nos is de "licenciamento".
Para início de conversa, ao contrário de outros licenciamentos
corriqueiros na nossa vida, o licenciamento ambiental não é um ato
cartorial, de simples conferência de documentação. Na realidade, o
licenciamento ambiental foi a forma encontrada no Brasil para
implementar a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) quando esta se
difundiu pelo mundo ao longo da década de 1970.

Hoje, a Avaliação de Impacto Ambiental é adotada formalmente em mais
de uma centena de países, incluindo todas as economias desenvolvidas e
a grande maioria dos países "em desenvolvimento". Muito além de uma
burocracia, o papel da AIA é o de garantir a adequada consideração da
variável ambiental nas propostas de desenvolvimento, evitando que
decisões sejam tomadas sem o dimensionamento das suas consequências
ambientais. O seu principal instrumento é o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) que, muito mais do que uma exigência do órgão
licenciador, deveria ser um instrumento de auxílio ao planejamento de
projetos mais amigáveis ao meio ambiente, identificando e avaliando os
impactos e riscos do empreendimento e propondo as medidas de gestão
ambiental a serem adotadas para minimizar os prejuízos ambientais.

Acontece que, infelizmente, essa perspectiva cartorial - do "tirar a
licença" - é a que predomina entre o empresariado nacional e
obviamente encontra bastante eco na cobertura da imprensa sobre o
licenciamento ambiental. Os estudos ambientais muitas vezes são
colagens de outros anteriores, realizadas por uma consultora sem
possibilidade alguma de interferência no projeto, a qual foi escolhida
porque ofereceu ao contratante o menor preço...

Voltando aos pingos no "is", vamos pensar o que é um licenciamento
ambiental "bom"? Em uma primeira tentativa de aproximação, alguém
poderia dizer que é aquele onde a avaliação dos impactos e riscos
ambientais de determinado empreendimento pôde ser realizada na
profundidade adequada, permitindo a proposição de mecanismos adequados
de mitigação, compensação e monitoramento, e utilizando para isso o
menor tempo possível ao menor custo global possível. Colou? Muito bem,
agora, como se operacionaliza isso?

Não parece muito difícil... E se colocássemos profissionais
qualificados, em quantidade suficiente, para analisar esses estudos?
Hummm... E se esses profissionais, além de bem formados, fossem
capacitados para avaliar os impactos de diferentes empreendimentos?
Além disso, e se esse pessoal fosse adquirindo cada vez mais
experiência no licenciamento, ganhando confiança para propor soluções
mais eficientes e eficazes?

Pois então. Parece simples, não? Mas esqueceram de um detalhe: para
isso dar certo, esse pessoal precisa querer trabalhar com
licenciamento! E esse pessoal só vai querer trabalhar com
licenciamento na medida em que esse trabalho for valorizado de acordo
com a importância e responsabilidade nele embutidas!

A vida como ela é: no concurso de 2002, o primeiro da história do
IBAMA, entraram cerca de 60 analistas de nível superior para trabalhar
na Diretoria de Licenciamento Ambiental, em Brasília. Em sua maioria,
profissionais qualificados, muitos com mestrado ou doutorado, que
vieram para a sede do IBAMA vindos de diversas partes do Brasil. Sabem
quantos destes analistas trabalham hoje na DILIC? Apenas um.
Definitivamente, analista experiente no licenciamento é espécie em
extinção.

A razão da evasão? Óbvia. A clara incompatibilidade entre a
responsabilidade envolvida no processo de licenciamento ambiental e a
desvalorização do servidor público dedicado a essa função. Por
desvalorização englobamos uma série de questões que passam pelas
condições adequadas de trabalho (computadores, capacitação, espaço de
trabalho, bancos de dados, suporte jurídico etc.) e chegam,
inexoravelmente, à questão salarial.

O analista ambiental, não só do IBAMA, mas também do ICMBio e do
Ministério do Meio Ambiente, hoje está submetido a uma proto-carreira
na qual o patamar salarial do nível mais alto disponível (final de
carreira) é inferior ao nível salarial de entrada da carreira de
Especialista em Recursos Hídricos/Geoprocessamento da Agência Nacional
de Águas, também vinculada ao MMA e com atribuições muito similares de
regulação, controle, fiscalização e inspeção. E durma-se com um
barulho desses...

Por conta dessa desvalorização, o trabalho no licenciamento ambiental
no IBAMA tem se tornado um paradeiro temporário para o analista
ambiental, mero compasso de espera enquanto se prepara para uma outra
oportunidade que ofereça melhores condições de trabalho e de salário.
Nesse cenário tenebroso, o tempo médio de permanência do profissional
na Diretoria de Licenciamento Ambiental é de apenas 18 meses. Ora
bolas! Como desenvolver excelência técnica, aprimorar e padronizar
procedimentos, melhorar termos de referência com uma rotatividade
dessas?

E é nesse contexto que chega o Plano de Aceleração do Crescimento
(PAC), com diversos projetos de infraestrutura pelo Brasil adentro,
demandando licenciamentos em prazos exíguos e jogando faísca nesse
barril de pólvora que é o licenciamento ambiental federal. Não dá para
dar certo. Qual a solução? Fortalecimento e valorização do
licenciamento ambiental, para alcançar maior eficiência e eficácia no
processo? Ilusão...

O que se viu nos últimos anos foi uma sucessão de "Destrava IBAMA",
"Agiliza IBAMA", "Desocupa-a-moita IBAMA": pseudo-pacotes de medidas
com finalidade puramente midiática e de nenhuma repercussão prática no
dia a dia do licenciamento ambiental. Que, por sinal, continua sem
implementar seu sistema informatizado de licenciamento - o SISLIC -,
que já foi "lançado" oficialmente por uns 2 ou 3 presidentes do IBAMA
e permanece empacado, sem uso.

São sintomas de que a própria política ambiental conduzida pelo
governo encara o licenciamento numa perspectiva cartorial, de
"carimbador-maluco". Aliás, instituiu-se no IBAMA o rodízio de
diretores de Licenciamento: é um a cada hidrelétrica polêmica. Acabou
seu turno, muito obrigado, próximo da fila!

Em síntese: quer licenciamento ambiental ágil e eficaz? Valorize o
analista ambiental. Dê-lhe um salário compatível com o desafio de uma
regulação de excelência. Forneça capacitação continuada e estimule o
aprofundamento dos estudos em pós-graduação. Disponibilize modernos
recursos de sistemas de informação para otimizar seu trabalho.
Mantenha o profissional por um longo tempo na casa para que seu
aprendizado seja incorporado pela instituição. Sem isso, dá licença,
"mermão"!

Rodolpho Mafei
Ecólogo
Analista Ambiental - ICMBio
Ministério do Meio Ambiente
RESEX Baía de Iguape/BA

"Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o quevocê faz estão em harmonia."Mahatma Gandhi

"O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem o barulho
dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter ou dos sem-ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons."Martin Luther King



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Mensagens neste tópico (2)
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4. Edital credenciamento UMAPAZ - para oficineiros e técnicos educad
Enviado por: "Edna" ednacosta@gmail.com edna_do_sim
Data: Qua, 19 de Mai de 2010 9:20 pm


Edna Costa
ednacosta@gmail.com

http://twitter.com/ednacosta

http://escoladeredes.ning.com => E=R

55 16 91241866

"Neurociência + física quântica => "Não existe nenhuma realidade fora de nós, toda a realidade acontece internamente." (Clara Pelaez)

¬¬

----- Original Message -----
From: Fernando Cruseiro

Socializando...

Caros amig@s,

A UMAPAZ, Universdidade livre de meio ambiente e cultura de paz que fica no Ibirapuera está com inscrições abertas para credencaimento de técnicos educadores, oficineiros, palestrantes, etc.

É o momento de conseguirmos gente nova e mais gente para atender à toda a cidade!!!!
Encaminho a vcs para que vejam se há interesse e divulguem entre seus contatos.

Grande abraço!

Débora Diogo
Diretora Departamento de Gestão Descentralizada da zona leste 2 - DGD L 2
Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo
Parque Esportivo do Trabalhador
(11) 2076-1059/ 2268-0744

--
Fê Cr$


__________ Informação do ESET Smart Security, versão da vacina 4999 (20100404) __________

A mensagem foi verificada pelo ESET Smart Security.

http://www.eset.com

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